quinta-feira, 2 de abril de 2009

São Caetano e FPF dizem não temer processo por jogo em PP

Atitude deselegante. Foi assim que o presidente do São Caetano, Nairo Ferreira de Souza, classificou a iniciativa da diretoria do São Paulo de recorrer ao Procon para que a Federação Paulista de Futebol (FPF) e o clube do ABC esclareçam o porquê da mudança de estádio para o jogo deste domingo, entre as equipes.

Inicialmente, a partida, válida pela última rodada da primeira fase do Estadual, aconteceria no estádio Anacleto Campanella. Por solicitação do São Caetano, foi transferida para o Estádio Eduardo José Farah, em Presidente Prudente, o que causou insatisfação no rival."A gente quer dar conforto e segurança ao torcedor e tem de enfrentar esse tipo de bobagem vinda de um clube como o São Paulo", disse Ferreira.

O órgão de defesa do consumidor enviou notificação tanto ao clube quanto à FPF após denúncia do São Paulo de que o motivo alegado para a modificação do local da partida não se adequa ao regulamento do Campeonato Paulista escrito pela própria federação.

"Está lá [no regulamento] que pode haver mudança de estádio por solicitação da TV, devido às transmissões, ou da Polícia Militar, por questões de segurança, mas não por questões comerciais", criticou o diretor de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes.

Na reclamação feita ao Procon, o cartola solicitou a checagem das condições de segurança do estádio de Presidente Prudente descritas no artigo 4 do Estatuto do Torcedor.

Segundo o diretor de fiscalização do Procon, Paulo Arthur Góes, caso seja confirmado que há danos para o torcedor, está prevista na lei a aplicação de multa, que varia de acordo com o porte das empresas. O valor mínimo é de R$ 212,82 e o máximo, R$ 3.192.300.

Procurada pela reportagem, a FPF, via assessoria de imprensa, declarou que agiu rigorosamente de acordo com os regulamentos e com a legislação vigente, e apresentará os esclarecimentos necessários. São Caetano e FPF poderão recorrer se vierem a receber um comunicado de infração.

"Não estou preocupado, pois estamos cumprindo o estatuto", disse Nairo, que afirmou que a segurança, e não o objetivo de obter mais arrecadação, foi o fator que mais pesou."Uma partida que pode definir o destino tanto do São Paulo quanto do São Caetano não tinha condições de ser realizada em um estádio que tem capacidade para 15 mil pessoas."

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